domingo, 16 de dezembro de 2012

Advento - 2012




   É serviço! Nessa época do ano é um momento de ORAÇÃO, diferente do tempo quaresmal o Advento para mim é um momento de seguirmos Maria, mais de perto. Resumimos as 40 semanas de gestação que Nossa Senhora teve em quatro semanas. Ela se colocou com uma humilde serva, aceitou a vontade de Deus de coração, pôs em missão e colocou-se a serviço de quem mais precisava que era sua prima Isabel. 
   Para meditarmos somente os Atos de Maria precisaríamos de uns dois meses, imagine meditar e principalmente preparar o nosso coração e a nossa família para receber o Salvador, que é Cristo o senhor!

   A maioria das religiões espalhadas pelo mundo, leva seus fiéis à presença de Deus, e isso é muito bom, mas somente as igrejas cristãs trazem Deus para junto de seu povo. "Vinde senhor Jesus!"

   O Verbo de Deus se faz carne e habita entre nós, assume nossa humanidade, um Deus tão apaixonado pelo seu povo que assume nossa condição, que aceita sentir fome, sede, frio, medo, dor, morrer, aceita tudo menos o mais fácil: O PECADO, Aceitou até mesmo nascer numa família muito pobre, mas numa família que o acolheu e que o amava! Imagino que foi meio conturbado o inicio da família de Jesus, Maria e José, mas lembre-se que ela se tornou a Sagrada Família!  

   E hoje ADVENTO como está a sua família? Será que se fosse pra escolher uma família Jesus escolheria a sua? E a manjedoura será que seria seu coração? Portanto Advento é um tempo propicio de olharmos para dentro de nossa família e seguirmos a Sagrada Família.

   Eu sempre tive duvidas sobre onde Jesus nasceu: Numa gruta, Manjedoura, Coxo, na palha, em panos.... Sei lá! O que eu não tenho dúvida é que o lugar era feio de dar dó... 
Ainda continua valendo as mesmas condições: Não importa se sua família é rica ou pobre, mas desde que esteja disposta a acolher o Menino Deus e que o ame! Não importa se seu coração seja uma manjedoura ou um coxo, mas desde que ele esteja aberto para receber o Salvador. E então?

   Advento é isso, essa dinâmica de se colocar no lugar de Maria. Vamos fazer o seguinte: assim que você tiver um tempo entre no seu quarto e converse um pouco com Deus, e aceite receber Jesus nesse Natal em seu coração ou em sua família, faça como Nossa Senhora “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua Vontade!” (Lc 1, 38) e assim que você sair do quarto imagine que você está em gestação (seja Homem, ou seja, Mulher), prepare junto com sua família o enxoval, uma dica do que não pode faltar nesse enxoval é perdão, caridade e principalmente oração. Depois faça um pré-natal completo, você e sua família podem fazer nas missas, o Boletim Médico vocês terão nas leituras e o alimento que fortalecerá você e sua família é a comunhão... Ah não se esqueça das consultas individuais (A Confissão). 

   Advento um momento de espera, mas de muita ação. Um tempo de incerteza, mas com muita certeza, um tempo que nos faz renovarmos nossa esperança do novo, de termos mais uma chance de acolhermos ao Menino Jesus e sua família em nossa família ou em nosso coração.
  
  Um Advento santo e abençoado, e que a gestação de sua família seja maravilhosa!!!


Marquinho Alves
Comunidade Santa Cruz

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

FILME - SANTA CRUZ - Projeto 149



Já é uma realidade esse projeto que contará não só a história da Comunidade Santa Cruz, mas também do seu povo, sua evolução e seus anseios. Iniciamos junto com o Ano Litúrgico os trabalhos do PROJETO 149. Serão 9 meses de Projeto, muito trabalho e o melhor muito bate-papo.

Com fotos, depoimentos, videos e vida desejamos mostrar que a Santa Cruz é uma Comunidade viva, com histórias riquíssimas e um enorme coração.


O PROJETO 149 é um filme humilde, mas com muito amor e carinho será produzido. 


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

ANO DA FÉ


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Entenda o ANO DA FÉ



A Congregação para a Doutrina da Fé publicou ontem no Vaticano uma "Nota com indicações pastorais para o Ano da Fé" querido e decretado pelo Papa Bento XVI, em que se ressalta a centralidade do Catecismo da Igreja Católica e os documentos do Concílio Vaticano II para esta importante celebração e destaca como um evento central deste ano a JMJ no Rio de Janeiro em julho de 2013.


Este ano será uma ocasião propícia a fim de que todos os fiéis compreendam mais profundamente que o fundamento da fé cristã é "o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo".

O Ano da Fé terá inicio em 11 de outubro de 2012 e concluirá no 24 de novembro de 2013 na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo.

“O início do Ano da Fé coincide com a grata recordação de dois grandes eventos que marcaram a face da Igreja nos nossos dias: o quinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, desejado pelo beato João XXIII (11 de outubro de 1962), e o vigésimo aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica, oferecido à Igreja pelo beato João Paulo II (11 de outubro de 1992) ".

A nota ressalta também que do início de seu pontificado, “o Papa Bento XVI se empenhou de maneira decisiva por uma correta compreensão do Concílio, rechaçando como errônea a assim chamada "hermenêutica da descontinuidade e da ruptura" e promovendo aquele que ele mesmo chamou de "’hermenêutica da reforma’", da renovação na continuidade do único sujeito-Igreja, que o Senhor nos concedeu; é um sujeito que cresce no tempo e se desenvolve, permanecendo porém sempre o mesmo, único sujeito do Povo de Deus a caminho".

Neste contexto, prossegue a nota, o Catecismo da Igreja Católica aparece como "autêntico fruto do Concílio Vaticano II" e por outro "tenta favorecer sua acolhida" considerando que é "um compêndio de toda a doutrina católica e um texto de referência segura para os catecismos locais" dedicado aos fiéis de todo o mundo.

As indicações pastorais apresentadas pela nota estão divididas em 4 âmbitos: Igreja Universal, Conferências Episcopais, Âmbito diocesano; e o âmbito das paróquias e movimentos eclesiásticos.

No âmbito de Igreja universal

O principal evento ao início do Ano da Fé será a 13ª Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, convocada pelo Papa Bento XVI para o mês de outubro de 2012 e dedicada ao tema da nova evangelização para a transmissão da fé cristã.

Alenta-se além disso as peregrinações dos fiéis a Roma, à Sede de Pedro, e a Terra Santa para professar a fé em Deus; assim como as iniciativas que permitam acrescentar a devoção à Virgem Maria, em especial peregrinações aos principais santuários do mundo.

Outro evento central neste âmbito é a celebração da próxima Jornada Mundial da Juventude no Rio do Janeiro, em julho de 2013, que "oferecerá aos jovens uma ocasião privilegiada para experimentar o gozo que provém da fé no Senhor Jesus e da comunhão com o Santo Padre, na grande família da Igreja".

Também se deverá promover a realização de simpósios e congressos internacionais para promover a fé católica e o redescobrimento dos ensinos do Concílio Vaticano II. A promoção do conhecimento e estudo do Catecismo da Igreja Católica será deste modo essencial para todos os fiéis.

Neste âmbito se espera uma maior difusão dos ensinos do Papa, diversas iniciativas ecumênicas para promover a unidade dos cristãos, e a organização de uma série de atividades lideradas pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização através de uma Secretaria para o Ano da Fé.

"Por ocasião da conclusão deste Ano, na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, acontecerá uma Eucaristia celebrada pelo Santo Padre, na qual se renovará solenemente a profissão de fé", indica a nota.

No âmbito das Conferências Episcopais

As Conferências Episcopais poderão dedicar jornadas de estudo ao tema da fé, assim como reeditar os documentos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja, em edições econômicas e de bolso para difundi-los, também, com as novas tecnologias.

Alenta-se além disso a promoção do conhecimento dos Santos, assim como de iniciativas artísticas para promover a fé. A nota exorta a preparar subsídios de caráter apologético para que os fiéis possam "responder melhor às perguntas que surgem nos distintos contextos culturais", especialmente ante as seitas, o secularismo e o relativismo.

No âmbito Diocesano

"Auspicia-se uma celebração de abertura do Ano da fé e de sua solene conclusão no âmbito de cada Igreja particular, para ‘confessar a fé no Senhor Ressuscitado em nossas catedrais e igrejas de todo o mundo’".

Cada bispo, explica o texto, "poderá dedicar uma Carta pastoral ao tema da fé, recordando a importância do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica, tendo em conta as circunstâncias específicas da porção de fiéis a ele confiada".

“Deseja-se que em cada Diocese, sob a responsabilidade do Bispo, sejam organizados momentos de catequese, destinados aos jovens e àqueles que estão em busca de um sentido para a vida, com a finalidade de descobrir a beleza da fé eclesial, e que sejam promovidos encontros com as testemunhas significativas da mesma".

Os bispos também "são convidados a organizar, especialmente no período da quaresma, celebrações penitenciais nas quais se peça perdão a Deus, também e particularmente, pelos pecados contra a fé. Este Ano será também um tempo favorável para se aproximar com maior fé e maior freqüência do sacramento da Penitência".

O Ano da Fé, indica a nota, "O Ano da Fé poderá ser uma ocasião para prestar uma maior atenção às Escolas católicas, lugares próprios para oferecer aos alunos um testemunho vivo do Senhor e para cultivar a sua fé com uma referência oportuna à utilização de bons instrumentos catequéticos, como por exemplo, o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica ou como o Youcat.".

No âmbito das Paróquias, Comunidades,
Associações, Movimentos

"Os sacerdotes poderão dedicar maior atenção ao estudo dos Documentos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica, tirando daí fruto para a pastoral paroquial – a catequese, a pregação, a preparação aos sacramentos – e propondo ciclos de homilias sobre a fé ou sobre alguns dos seus aspectos específicos, como por exemplo "o encontro com Cristo", "os conteúdos fundamentais do Credo", "a fé e a Igreja".

As paróquias poderão difundir o Catecismo da Igreja Católica, assim como subsídios que promovem a fé das famílias em suas casas. As missões populares serão deste modo uma tarefa a ser realizada para "ajudar os fiéis a redescobrirem o dom da fé batismal e a responsabilidade de seu testemunho, conscientes de que a vocação cristã «por sua mesma natureza, é também vocação ao apostolado»".

"Neste tempo, os membros dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica são solicitados a se empenhar na nova evangelização, com uma adesão renovada ao Senhor Jesus, pela contribuição dos próprios carismas e na fidelidade ao Santo Padre e à sã doutrina".

"As Associações e os Movimentos eclesiais são convidados a serem promotores de iniciativas específicas, as quais, pela contribuição do próprio carisma e em colaboração com os Pastores locais, sejam inseridas no grande evento do Ano da Fé. As novas Comunidades e os Movimentos eclesiais, de modo criativo e generoso, saberão encontrar os modos mais adequados para oferecer o próprio testemunho de fé ao serviço da Igreja".

"A fé "é companheira de vida, que permite perceber, com um olhar sempre novo, as maravilhas que Deus realiza por nós. Solícita a identificar os sinais dos tempos no hoje da história, a fé obriga cada um de nós a tornar-se sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo"”.

 “A fé é um ato pessoal e ao mesmo tempo comunitário: é um dom de Deus que deve ser vivenciado na grande comunhão da Igreja e deve ser comunicado ao mundo. Cada iniciativa para o Ano da Fé quer favorecer a alegre redescoberta e o testemunho renovado da fé. As indicações aqui oferecidas têm o fim de convidar todos os membros da Igreja ao empenho a fim de que este Ano seja a ocasião privilegiada para partilhar aquilo que o cristão tem de mais caro: Cristo Jesus, Redentor do homem, Rei do Universo, "autor e consumador da fé"’" conclui a nota.

VATICANO, 08 Jan. 12 / 09:40 am (ACI/EWTN Noticias).
Fonte: ACIDIGITAL NOTICIAS

O Ano da Fé


Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio
Porta Fidei 
com a qual se proclama o Ano da Fé (out/2012 - out/2013)


1. A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar aquela porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início com o Baptismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos crêem n’Ele (cf. Jo 17, 22). Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor.

2. Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Durante a homilia da Santa Missa no início do pontificado, disse: «A Igreja no seu conjunto, e os Pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude» (Homilia no início do ministério petrino do Bispo de Roma, (24 de Abril de 2005): AAS 97 (2005), 710). Sucede não poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária. Ora um tal pressuposto não só deixou de existir, mas frequentemente acaba até negado (Cf. Bento XVI, Homilia da Santa Missa no Terreiro do Paço (Lisboa – 11 de Maio de 2010): L’Osservatore Romano (ed. port. de 15/V/2010), 3.). Enquanto, no passado, era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes sectores da sociedade devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas.
3. Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida (cf. Mt 5, 13-16). Também o homem contemporâneo pode sentir de novo a necessidade de ir como a samaritana ao poço, para ouvir Jesus que convida a crer n’Ele e a beber na sua fonte, donde jorra água viva (cf. Jo 4, 14). Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos (cf. Jo 6, 51). De facto, em nossos dias ressoa ainda, com a mesma força, este ensinamento de Jesus: «Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna» (Jo 6, 27). E a questão, então posta por aqueles que O escutavam, é a mesma que colocamos nós também hoje: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?» (Jo 6, 28). Conhecemos a resposta de Jesus: «A obra de Deus é esta: crer n’Aquele que Ele enviou» (Jo 6, 29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à salvação.

4. À luz de tudo isto, decidi proclamar um Ano da Fé. Este terá início a 11 de Outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de Novembro de 2013. Na referida data de 11 de Outubro de 2012, completar-se-ão também vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo meu Predecessor, o Beato Papa João Paulo II, (Cf. João Paulo II, Const. ap. Fidei depositum (11 de Outubro de 1992): AAS 86 (1994), 113-118) com o objetivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé. Esta obra, verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II, foi desejada pelo Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985 como instrumento ao serviço da catequese (Cf. Relação final do Sínodo Extraordinário dos Bispos (7 de Dezembro de 1985), II, B, a, 4: L’Osservatore Romano (ed. port. de 22/XII/1985), 650) e foi realizado com a colaboração de todo o episcopado da Igreja Católica. E uma Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos foi convocada por mim, precisamente para o mês de Outubro de 2012, tendo por tema A nova evangelização para a transmissão da fé cristã. Será uma ocasião propícia para introduzir o complexo eclesial inteiro num tempo de particular reflexão e redescoberta da fé. Não é a primeira vez que a Igreja é chamada a celebrar um Ano da Fé. O meu venerado Predecessor, o Servo de Deus Paulo VI, proclamou um semelhante, em 1967, para comemorar o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo no décimo nono centenário do seu supremo testemunho. Idealizou-o como um momento solene, para que houvesse, em toda a Igreja, «uma autêntica e sincera profissão da mesma fé»; quis ainda que esta fosse confirmada de maneira «individual e colectiva, livre e consciente, interior e exterior, humilde e franca» (Paulo VI, Exort. ap. Petrum et Paulum Apostolos, no XIX centenário do martírio dos Apóstolos São Pedro e São Paulo (22 de Fevereiro de 1967): AAS 59 (1967), 196). Pensava que a Igreja poderia assim retomar «exacta consciência da sua fé para a reavivar, purificar, confirmar, confessar» (Ibid.: o.c., 198.). As grandes convulsões, que se verificaram naquele Ano, tornaram ainda mais evidente a necessidade duma tal celebração. Esta terminou com a Profissão de Fé do Povo de Deus, (Paulo VI, Profissão Solene de Fé, Homilia durante a Concelebração por ocasião do XIX centenário do martírio dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, no encerramento do «Ano da Fé» (30 de Junho de 1968): AAS 60 (1968), 433-445) para atestar como os conteúdos essenciais, que há séculos constituem o património de todos os crentes, necessitam de ser confirmados, compreendidos e aprofundados de maneira sempre nova para se dar testemunho coerente deles em condições históricas diversas das do passado.

5. Sob alguns aspectos, o meu venerado Predecessor viu este Ano como uma «consequência e exigência pós-conciliar» (Paulo VI, Audiência Geral (14 de Junho de 1967): Insegnamenti V (1967), 801), bem ciente das graves dificuldades daquele tempo sobretudo no que se referia à profissão da verdadeira fé e da sua recta interpretação. Pareceu-me que fazer coincidir o início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II, «não perdem o seu valor nem a sua beleza. É necessário fazê-los ler de forma tal que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificados e normativos do Magistério, no âmbito da Tradição da Igreja. Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça de que beneficiou a Igreja no século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte (6 de Janeiro de 2001), 57: AAS 93 (2001), 308). Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: «Se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja» (Discurso à Cúria Romana, (22 de Dezembro de 2005): AAS 98 (2006), 52).

6. A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos crentes: de facto, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou. O próprio Concílio, na Constituição dogmática Lumen Gentium, afirma: «Enquanto Cristo “santo, inocente, imaculado” (Heb 7, 26), não conheceu o pecado (cf. 2 Cor 5, 21), mas veio apenas expiar os pecados do povo (cf. Heb 2, 17), a Igreja, contendo pecadores no seu próprio seio, simultaneamente santa e sempre necessitada de purificação, exercita continuamente a penitência e a renovação. A Igreja “prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus”, anunciando a cruz e a morte do Senhor até que Ele venha (cf. 1 Cor 11, 26). Mas é robustecida pela força do Senhor ressuscitado, de modo a vencer, pela paciência e pela caridade, as suas aflições e dificuldades tanto internas como externas, e a revelar, velada mas fielmente, o seu mistério, até que por fim se manifeste em plena luz» (Conc. Ecum. Vat. II, Const. dogm. sobre a Igreja Lumen Gentium, 8).

Nesta perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. Act 5, 31). Para o apóstolo Paulo, este amor introduz o homem numa vida nova: «Pelo Baptismo fomos sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova» (Rm 6, 4). Em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência humana segundo a novidade radical da ressurreição. Na medida da sua livre disponibilidade, os pensamentos e os afectos, a mentalidade e o comportamento do homem vão sendo pouco a pouco purificados e transformados, ao longo de um itinerário jamais completamente terminado nesta vida. A «fé, que actua pelo amor» (Gl 5, 6), torna-se um novo critério de entendimento e de acção, que muda toda a vida do homem (cf. Rm 12, 2; Cl 3, 9-10; Ef 4, 20-29; 2 Cor 5, 17).

7. «Caritas Christi urget nos – o amor de Cristo nos impele» (2 Cor 5, 14): é o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar. Hoje, como outrora, Ele envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra (cf. Mt 28, 19). Com o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo, Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé. Na descoberta diária do seu amor, ganha força e vigor o compromisso missionário dos crentes, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar: de facto, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua Palavra a fim de se tornarem seus discípulos. Os crentes – atesta Santo Agostinho – «fortificam-se acreditando» (De utilitate credendi, 1, 2). O Santo Bispo de Hipona tinha boas razões para falar assim. Como sabemos, a sua vida foi uma busca contínua da beleza da fé enquanto o seu coração não encontrou descanso em Deus (Cf. Confissões, 1, 1). Os seus numerosos escritos, onde se explica a importância de crer e a verdade da fé, permaneceram até aos nossos dias como um património de riqueza incomparável e consentem ainda a tantas pessoas à procura de Deus de encontrarem o justo percurso para chegar à «porta da fé».

Por conseguinte, só acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior porque tem a sua origem em Deus.

8. Nesta feliz ocorrência, pretendo convidar os Irmãos Bispos de todo o mundo para que se unam ao Sucessor de Pedro, no tempo de graça espiritual que o Senhor nos oferece, a fim de comemorar o dom precioso da fé. Queremos celebrar este Ano de forma digna e fecunda. Deverá intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver. Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo.

9. Desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança. Será uma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia, que é «a meta para a qual se encaminha a acção da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força» (Conc. Ecum. Vat. II, Const. sobre a Sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium, 10).  Simultaneamente esperamos que o testemunho de vida dos crentes cresça na sua credibilidade. Descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada (Cf. João Paulo II, Const. ap. Fidei depositum (11 de Outubro de 1992): AAS 86 (1994), 116) e reflectir sobre o próprio acto com que se crê, é um compromisso que cada crente deve assumir, sobretudo neste Ano.

Não foi sem razão que, nos primeiros séculos, os cristãos eram obrigados a aprender de memória o Credo. É que este servia-lhes de oração diária, para não esquecerem o compromisso assumido com o Baptismo. Recorda-o, com palavras densas de significado, Santo Agostinho quando afirma numa homilia sobre a redditio symboli (a entrega do Credo): «O símbolo do santo mistério, que recebestes todos juntos e que hoje proferistes um a um, reúne as palavras sobre as quais está edificada com solidez a fé da Igreja, nossa Mãe, apoiada no alicerce seguro que é Cristo Senhor. E vós recebeste-lo e proferiste-lo, mas deveis tê-lo sempre presente na mente e no coração, deveis repeti-lo nos vossos leitos, pensar nele nas praças e não o esquecer durante as refeições; e, mesmo quando o corpo dorme, o vosso coração continue de vigília por ele» (Sermo 215, 1).

10. Queria agora delinear um percurso que ajude a compreender de maneira mais profunda os conteúdos da fé e, juntamente com eles, também o acto pelo qual decidimos, com plena liberdade, entregar-nos totalmente a Deus. De facto, existe uma unidade profunda entre o acto com que se crê e os conteúdos a que damos o nosso assentimento. O apóstolo Paulo permite entrar dentro desta realidade quando escreve: «Acredita-se com o coração e, com a boca, faz-se a profissão de fé» (Rm 10, 10). O coração indica que o primeiro acto, pelo qual se chega à fé, é dom de Deus e acção da graça que age e transforma a pessoa até ao mais íntimo dela mesma.

A este respeito é muito eloquente o exemplo de Lídia. Narra São Lucas que o apóstolo Paulo, encontrando-se em Filipos, num sábado foi anunciar o Evangelho a algumas mulheres; entre elas, estava Lídia. «O Senhor abriu-lhe o coração para aderir ao que Paulo dizia» (Act 16, 14). O sentido contido na expressão é importante. São Lucas ensina que o conhecimento dos conteúdos que se deve acreditar não é suficiente, se depois o coração – autêntico sacrário da pessoa – não for aberto pela graça, que consente de ter olhos para ver em profundidade e compreender que o que foi anunciado é a Palavra de Deus.

Por sua vez, o professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um facto privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este «estar com Ele» introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um acto da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita. No dia de Pentecostes, a Igreja manifesta, com toda a clareza, esta dimensão pública do crer e do anunciar sem temor a própria fé a toda a gente. É o dom do Espírito Santo que prepara para a missão e fortalece o nosso testemunho, tornando-o franco e corajoso.

A própria profissão da fé é um acto simultaneamente pessoal e comunitário. De facto, o primeiro sujeito da fé é a Igreja. É na fé da comunidade cristã que cada um recebe o Baptismo, sinal eficaz da entrada no povo dos crentes para obter a salvação. Como atesta o Catecismo da Igreja Católica, «“Eu creio”: é a fé da Igreja, professada pessoalmente por cada crente, principalmente por ocasião do Baptismo. “Nós cremos”: é a fé da Igreja, confessada pelos bispos reunidos em Concílio ou, de modo mais geral, pela assembleia litúrgica dos crentes. “Eu creio”: é também a Igreja, nossa Mãe, que responde a Deus pela sua fé e nos ensina a dizer: “Eu creio”, “Nós cremos”» (Catecismo da Igreja Católica, 167).

Como se pode notar, o conhecimento dos conteúdos de fé é essencial para se dar o próprio assentimento, isto é, para aderir plenamente com a inteligência e a vontade a quanto é proposto pela Igreja. O conhecimento da fé introduz na totalidade do mistério salvífico revelado por Deus. Por isso, o assentimento prestado implica que, quando se acredita, se aceita livremente todo o mistério da fé, porque o garante da sua verdade é o próprio Deus, que Se revela e permite conhecer o seu mistério de amor (Cf. Conc. Ecum. Vat. I, Const. dogm. sobre a fé católica Dei Filius, cap. III: DS 3008-3009; Conc. Ecum. Vat. II, Const. dogm. sobre a Revelação divina Dei Verbum, 5)

Por outro lado, não podemos esquecer que, no nosso contexto cultural, há muitas pessoas que, embora não reconhecendo em si mesmas o dom da fé, todavia vivem uma busca sincera do sentido último e da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo. Esta busca é um verdadeiro «preâmbulo» da fé, porque move as pessoas pela estrada que conduz ao mistério de Deus. De facto, a própria razão do homem traz inscrita em si mesma a exigência «daquilo que vale e permanece sempre» (Bento XVI, Discurso no «Collège des Bernardins» (Paris, 12 de Setembro de 2008): AAS 100 (2008), 722). Esta exigência constitui um convite permanente, inscrito indelevelmente no coração humano, para se pôr a caminho ao encontro d’Aquele que não teríamos procurado se Ele não tivesse já vindo ao nosso encontro (Cf. Santo Agostinho, Confissões, 13, 1). É precisamente a este encontro que nos convida e abre plenamente a fé.

11. Para chegar a um conhecimento sistemático da fé, todos podem encontrar um subsídio precioso e indispensável no Catecismo da Igreja Católica. Este constitui um dos frutos mais importantes do Concílio Vaticano II. Na Constituição Apostólica Fidei depositum – não sem razão assinada na passagem do trigésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II – o Beato João Paulo II escrevia: «Este catecismo dará um contributo muito importante à obra de renovação de toda a vida eclesial (...). Declaro-o norma segura para o ensino da fé e, por isso, instrumento válido e legítimo ao serviço da comunhão eclesial» (João Paulo II, Const. ap. Fidei depositum (11 de Outubro de 1992): AAS 86 (1994), 115 e 117). 

É precisamente nesta linha que o Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no  Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de facto, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé.

Na sua própria estrutura, o Catecismo da Igreja Católica apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária. Repassando as páginas, descobre-se que o que ali se apresenta não é uma teoria, mas o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja. Na verdade, a seguir à profissão de fé, vem a explicação da vida sacramental, na qual Cristo está presente e operante, continuando a construir a sua Igreja. Sem a liturgia e os sacramentos, a profissão de fé não seria eficaz, porque faltaria a graça que sustenta o testemunho dos cristãos. Na mesma linha, a doutrina do Catecismo sobre a vida moral adquire todo o seu significado, se for colocada em relação com a fé, a liturgia e a oração.

12. Assim, no Ano em questão, o Catecismo da Igreja Católica poderá ser um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quantos têm a peito a formação dos cristãos, tão determinante no nosso contexto cultural. Com tal finalidade, convidei a Congregação para a Doutrina da Fé a redigir, de comum acordo com os competentes Organismos da Santa Sé, uma Nota, através da qual se ofereçam à Igreja e aos crentes algumas indicações para viver, nos moldes mais eficazes e apropriados, este Ano da Fé ao serviço do crer e do evangelizar.

De facto, em nossos dias mais do que no passado, a fé vê-se sujeita a uma série de interrogativos, que provêm duma diversa mentalidade que, particularmente hoje, reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. Mas, a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas tendem, embora por caminhos diferentes, para a verdade (Cf. João Paulo II, Carta enc. Fides et ratio (14 de Setembro de 1998), 34.106: AAS 91 (1999), 31-32.86-87).

13. Será decisivo repassar, durante este Ano, a história da nossa fé, que faz ver o mistério insondável da santidade entrelaçada com o pecado. Enquanto a primeira põe em evidência a grande contribuição que homens e mulheres prestaram para o crescimento e o progresso da comunidade com o testemunho da sua vida, o segundo deve provocar em todos uma sincera e contínua obra de conversão para experimentar a misericórdia do Pai, que vem ao encontro de todos.

Ao longo deste tempo, manteremos o olhar fixo sobre Jesus Cristo, «autor e consumador da fé» (Heb 12, 2): n’Ele encontra plena realização toda a ânsia e anélito do coração humano. A alegria do amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão face à ofensa recebida e a vitória da vida sobre o vazio da morte, tudo isto encontra plena realização no mistério da sua Encarnação, do seu fazer-Se homem, do partilhar connosco a fragilidade humana para a transformar com a força da sua ressurreição. N’Ele, morto e ressuscitado para a nossa salvação, encontram plena luz os exemplos de fé que marcaram estes dois mil anos da nossa história de salvação.

Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (cf. Lc 1, 38). Ao visitar Isabel, elevou o seu cântico de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizava em quantos a Ele se confiavam (cf. Lc 1, 46-55). Com alegria e trepidação, deu à luz o seu Filho unigénito, mantendo intacta a sua virgindade (cf. Lc 2, 6-7). Confiando em José, seu Esposo, levou Jesus para o Egipto a fim de O salvar da perseguição de Herodes (cf. Mt 2, 13-15). Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu a seu lado mesmo no Gólgota (cf. Jo 19, 25-27). Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo (cf. Lc 2, 19.51), transmitiu-a aos Doze reunidos com Ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (cf. Act 1, 14; 2, 1-4).

Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre (cf. Mc 10, 28). Acreditaram nas palavras com que Ele anunciava o Reino de Deus presente e realizado na sua Pessoa (cf. Lc 11, 20). Viveram em comunhão de vida com Jesus, que os instruía com a sua doutrina, deixando-lhes uma nova regra de vida pela qual haveriam de ser reconhecidos como seus discípulos depois da morte d’Ele (cf. Jo 13, 34-35). Pela fé, foram pelo mundo inteiro, obedecendo ao mandato de levar o Evangelho a toda a criatura (cf. Mc 16, 15) e, sem temor algum, anunciaram a todos a alegria da ressurreição, de que foram fiéis testemunhas.

 Pela fé, os discípulos formaram a primeira comunidade reunida à volta do ensino dos Apóstolos, na oração, na celebração da Eucaristia, pondo em comum aquilo que possuíam para acudir às necessidades dos irmãos (cf. Act 2, 42-47).

Pela fé, os mártires deram a sua vida para testemunhar a verdade do Evangelho que os transformara, tornando-os capazes de chegar até ao dom maior do amor com o perdão dos seus próprios perseguidores.

Pela fé, homens e mulheres consagraram a sua vida a Cristo, deixando tudo para viver em simplicidade evangélica a obediência, a pobreza e a castidade, sinais concretos de quem aguarda o Senhor, que não tarda a vir. Pela fé, muitos cristãos se fizeram promotores de uma acção em prol da justiça, para tornar palpável a palavra do Senhor, que veio anunciar a libertação da opressão e um ano de graça para todos (cf. Lc 4, 18-19).

Pela fé, no decurso dos séculos, homens e mulheres de todas as idades, cujo nome está escrito no Livro da vida (cf. Ap 7, 9; 13, 8), confessaram a beleza de seguir o Senhor Jesus nos lugares onde eram chamados a dar testemunho do seu ser cristão: na família, na profissão, na vida pública, no exercício dos carismas e ministérios a que foram chamados.

Pela fé, vivemos também nós, reconhecendo o Senhor Jesus vivo e presente na nossa vida e na história.

14. O Ano da Fé será uma ocasião propícia também para intensificar o testemunho da caridade. Recorda São Paulo: «Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade» (1 Cor 13, 13). Com palavras ainda mais incisivas – que não cessam de empenhar os cristãos –, afirmava o apóstolo Tiago: «De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser: “Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome”, mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta. Mais ainda! Poderá alguém alegar sensatamente: “Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me então a tua fé sem obras, que eu, pelas minhas obras, te mostrarei a minha fé”» (Tg 2, 14-18). 

A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra de realizar o seu caminho. De facto, não poucos cristãos dedicam amorosamente a sua vida a quem vive sozinho, marginalizado ou excluído, considerando-o como o primeiro a quem atender e o mais importante a socorrer, porque é precisamente nele que se espelha o próprio rosto de Cristo. Em virtude da fé, podemos reconhecer naqueles que pedem o nosso amor o rosto do Senhor ressuscitado. «Sempre que fizestes isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40): estas palavras de Jesus são uma advertência que não se deve esquecer e um convite perene a devolvermos aquele amor com que Ele cuida de nós. É a fé que permite reconhecer Cristo, e é o seu próprio amor que impele a socorrê-Lo sempre que Se faz próximo nosso no caminho da vida. Sustentados pela fé, olhamos com esperança o nosso serviço no mundo, aguardando «novos céus e uma nova terra, onde habite a justiça» (2 Ped 3, 13; cf. Ap 21, 1).

15. Já no termo da sua vida, o apóstolo Paulo pede ao discípulo Timóteo que «procure a fé» (cf. 2 Tm 2, 22) com a mesma constância de quando era novo (cf. 2 Tm 3, 15). Sintamos este convite dirigido a cada um de nós, para que ninguém se torne indolente na fé. Esta é companheira de vida, que permite perceber, com um olhar sempre novo, as maravilhas que Deus realiza por nós. Solícita a identificar os sinais dos tempos no hoje da história, a fé obriga cada um de nós a tornar-se sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo. Aquilo de que o mundo tem hoje particular necessidade é o testemunho credível de quantos, iluminados na mente e no coração pela Palavra do Senhor, são capazes de abrir o coração e a mente de muitos outros ao desejo de Deus e da vida verdadeira, aquela que não tem fim.

Que «a Palavra do Senhor avance e seja glorificada» (2 Ts 3, 1)! Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro. As seguintes palavras do apóstolo Pedro lançam um último jorro de luz sobre a fé: «É por isso que exultais de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas provações; deste modo, a qualidade genuína da vossa fé – muito mais preciosa do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo – será achada digna de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristo. Sem O terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, credes n’Ele e vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante, alcançando assim a meta da vossa fé: a salvação das almas» (1 Ped 1, 6-9). A vida dos cristãos conhece a experiência da alegria e a do sofrimento. Quantos Santos viveram na solidão! Quantos crentes, mesmo em nossos dias, provados pelo silêncio de Deus, cuja voz consoladora queriam ouvir! As provas da vida, ao mesmo tempo que permitem compreender o mistério da Cruz e participar nos sofrimentos de Cristo (cf. Cl 1, 24) , são prelúdio da alegria e da esperança a que a fé conduz: «Quando sou fraco, então é que sou forte» (2 Cor 12, 10). Com firme certeza, acreditamos que o Senhor Jesus derrotou o mal e a morte. Com esta confiança segura, confiamo-nos a Ele: Ele, presente no meio de nós, vence o poder do maligno (cf. Lc 11, 20); e a Igreja, comunidade visível da sua misericórdia, permanece n’Ele como sinal da reconciliação definitiva com o Pai.

À Mãe de Deus, proclamada «feliz porque acreditou» (cf. Lc 1, 45), confiamos este tempo de graça.

Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 11 de Outubro do ano 2011, sétimo de Pontificado.





Fontes: 
Santa Sé
Canção Nova Noticias

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Editorial - 46



Afeiçoados irmãos e irmãs!

Como é bom viver as maravilhas do Senhor em nossas vidas. Precisamos cuidar bem para não escapar nada que possa nos aproximar de Deus. Sem esquecer que através de nosso semelhante, também nos aproximamos de Deus.

A amizade cheia de confiança é essencial para crescermos em nosso relacionamento e nos aproximarmos de Deus. Cativar e se deixar cativa! é um amadurecer afetivamente. Confiar nas pessoas e torná-Ias amigas; Ter a coragem de segredar aos amigos nossa vida e também nossos sentimentos; saber que posso ser eu mesmo diante daquela pessoa ...que experiência fantástica. Se sentir acolhido e acolher, confiar e ser confiado, querer e ser querido. A amizade é um dom de Deus.

Acredito que na família deve ser o primeiro lugar onde estes sentimentos devem surgir e nos ensinar. A partir da família vamos levar esta experiência para a vida. O próprio Jesus já dizia: "Já não vos chamo servo, pois o servo não sabe o que faz o Senhor; vos chamo de Amigos.”

Crescidos com esta experiência, seremos melhor! Quero agradecer a todos que participaram da Novena de São Benedito: Comunidades, Pastorais e Movimentos, todos se dedicaram com amor na preparação da novena, tanto na parte espiritual como nas festividades externa, e tomou. nossa festa tão bonita. Muito obrigado.

Este ano também celebraremos 15 anos da construção do nosso Santuário São Benedito. Para celebrarmos bem este momento teremos um Tríduo nos dias 2,3,4 de Outubro e no dia 5 de Outubro uma grande Celebração em Ação de Graças. No dia 3 de Outubro, após a Missa teremos em nosso pátio, um show com Padre Joãozinho (João Carlos Almeida, scj). Participem!

Neste mês de setembro vamos conhecer melhor a Bíblia. Ela foi fundamental na caminhada do povo de Deus e será na nossa também. Não para sermos e sentirmos melhores que os outros, mas para crescermos juntos espiritualmente.


Que a Palavra de Deus caia em nossos corações como a chuva na terra (Isaias 55), brote em nós e produza muitos frutos.
Deus os abençoe!

P .Octaviano,scj



Fonte: Editorial - Pág 1 - Jornal da Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja - Ano 8 - Nº 46 - Setembro 2012


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Acolher é Evangelizar


Querido Amigo e Querida Amiga,
   Para melhor recebermos e acolhermos o povo de Deus, estamos passo a passo buscando uma melhor infraestrutura e acolhimento.
   Estamos passando por obras que melhorará o acesso à Igreja tanto aos idosos como aos cadeirantes.
   Ainda temos muito que fazer  tanto na parte física da igreja como na parte humana da comunidade para melhor acolhermos a todos.
Mas estamos no caminho certo, tudo graças à sua colaboração e à sua fidelidade no Dízimo!
"No entanto, qualquer que seja o ponto a que tenhamos chegado, continuemos na mesma direção". Filipenses 3, 7-16.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

EM REFORMA....


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

15 de Agosto - Assunção de Nossa Senhora


Solenidade da Assunção de Nossa Senhora

Hoje, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: "A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial."

Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente, chamava-se "Dormição", porque foi sonho de amor. Até que se chegou ao de "Assunção de Nossa Senhora ao Céu", isto significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.

Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte. 

É probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos e a perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos de idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os Apóstolos. 

Esta a fé universal na Igreja desde tempos remotíssimos. A Virgem Maria ressuscitou, como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo antes da corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o pecado. Ressuscitou, mas não ficou na terra e sim imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada no palácio real da glória. Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como a Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus.

Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!

domingo, 22 de julho de 2012

Padre Emerson Ruiz na Rio + 20


Padre Emerson comenta a Rio+20


   Na última “Reunião de Lideranças” da Província BSP, realizada em março deste ano, fui convidado a participar da Conferência Rio + 20 através da ONG VIVAT Internacional (vivatinternational.org). Desde Janeiro a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus é associada desta organização, formada por vários outras congregações religiosas e atua principalmente na área dos direitos humanos.
   A Conferência Rio + 20 celebrou as décadas da Conferência “ECO 92” e teve como tema a “sustentabilidade”. A pergunta central da conferência era como aliar crescimento econômico e preservação ambiental. É possível um desenvolvimento que não comprometa “ainda mais” a sobrevivência desta e das próximas gerações? Existe realmente uma “economia verde”? Como alterar a chamada “matriz energética”? Como tornar o consumo mais “sóbrio”?
Estas e outras perguntas receberam inúmeras e díspares respostas. Dentro do seu espaço, cada grupo podia opinar e reclamar: governos, empresas, ONGs, igrejas. Nesta perspectiva, a Conferência foi muito rica. Os maiores especialistas em meio ambiente estavam ali reunidos. No entanto, o documento final, resultado de um difícil e tímido consenso, não espelha a fecunda dinâmica do evento, nem dos encontros paralelos (mais de 2.000!).
   Além do “Rio Centro”, onde aconteceu a Conferência da ONU (www.onu.org.br/rio20), houve também a “Cúpula dos Povos” no Aterro do Flamengo (www.cupuladospovos.org.br) e a Exposição “Humanidade 2012” (www.humanidade2012.net), no Forte de Copacabana. Além destes três espaços, aconteceram diversos eventos em Universidades, Hotéis ou Clubes. Em cada um destes ambientes foram realizadas palestras, debates, exposições, partilhas de experiências, plenárias, shows, etc. A maioria destas atividades era abertas ao público, a partir de prévio credenciamento.
   A Igreja Católica participou ativamente, e em várias instâncias do evento. Na Cúpula dos Povos aconteceram vigílias, debates e encontros ecumênicos com a presença de padres, bispos e vários religiosos e religiosas. Também na Catedral de S. Sebastião foi celebrada uma missa com a presença de várias entidades. A delegação da Santa Sé foi chefiada pelo Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer e participou das plenárias que preparam o documento final.
   No dia 22 de junho, alguns religiosos e religiosas da VIVAT Internacional se encontraram para partilhar experiências da Conferência Rio + 20 e para preparar os próximos encontros e atividades no Brasil. Agradeço a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, a minha Província e a minha comunidade o apoio para a participação neste momento único de reflexão sobre nosso futuro comum.
  P. Emerson Marcelo Ruiz, scj

Fonte:
DEHONIANOS PBSP 
RIO+20 Declaração Final 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O que fazer com as imagens quebradas:?

Imagens quebradas: o que fazer com elas?

Padre Antônio Clayton Santana, C.SS.R


Pessoas muito respeitosas e outras inseguras na doutrina não sabem como se desfazer das imagens bentas quebradas, estragadas, deterioradas.

Será verdade que joga-las no lixo pode fazer mal? Isto é superstição.

E sobre o costume de coloca-las junto a um cruzeiro ou aos oratórios de estrada. O que pensar? Objetos bençoados não têm em si algo de divino. Não valem por si, mas pelo que significam. Como símbolos religiosos merecem respeito e veneração. Símbolos são um recurso da comunicação humana em todas as culturas. A dimensão simbólica é uma propriedade entre o racional e o biológico ou a pura sensibilidade. Usamos esta linguagem no dia a dia e não só as palavras e gestos.

Ora, todas as religiões se expressam através de objetos simbólicos mesmo aquelas contrárias ao uso das imagens. O culto cristão às imagens enquanto bíblico entra no universo simbólico religioso. Vem do mistério da pessoa humana. O livro do Gênesis é enfático ao afirmar que Deus fez homem e mulher à sua imagem e semelhança (Gn 1,26-27). Os dois não são iguais a Deus, mas têm algo de divino e de certa forma o retratam.


São Paulo diz que Jesus é a imagem do Deus invisível, é o primogênito de toda criatura” (Cl1,15). Os cristãos refletem como num espelho a glória do Senhor e vão se transformando na sua imagem (2Cor 3,18). Deus não pode ser objetificado, mas é a sua imagem que amamos nos outros. Ela nunca pode ser quebrada, deteriorada e jogada fora. Em nós e nos outros. Nenhuma sociedade, cultura ou legislação pode desprezar a pessoa humana, ofender a sua dignidade por meio de injustiças e corrupção moral. No culto cristão a veneração a Maria e aos santos nos leva ao mistério pascal de Cristo. É a força redentora de sua graça que age nos santos. “A iconografia cristã transcreve pela imagem a mensagem evangélica que a Sagrada Escritura transmite pela Palavra. Imagem e Palavra iluminam-se mutuamente” (CIC n. 60)


Mas, é culto idolátrico acreditar mais na imagem que imitar o santo(a). Da mesma forma atribuir bênção, poder espiritual ou valor religioso ao símbolo avariado desvirtua a veneração e não glorifica a Deus. Imagens abençoadas são dignas de estima e conservação zelosa porque inspiram a fé e a confiança na Graça de Deus dada a nós por Jesus. Uma vez quebradas, estragadas, danificadas são indignas de honra e veneração. Não representam mais nem simbolizam nenhuma intermediação com o sagrado. Acabar de quebra-las (ou destruir objetos sacros estragados) é a maneira respeitosa de se desfazer delas e deles. O próprio respeito ao uso espiritual, à sua linguagem simbólica pede sua destruição total. Se possível enterrando, queimando ou colocando no lixo em pedaços bem pequenos. Nunca as deixar junto a Cruzeiros ou oratórios.

Venerar os santos não é e nem pode sequer parecer mais importante que a salvação em Cristo.


FONTE:
Revista de Aparecida-Ano 9 – no 99 – Junho 2010

terça-feira, 17 de abril de 2012

Convite


Nota de Agradecimento



Nota de Agradecimento à Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja

Troca da Coordenação da Comunidade Santa Cruz

     Aos queridos amigos e companheiros de caminhada pastoral da Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja, Paz e Bem da parte de Nosso Senhor.

     Cristo Ressuscitou!

     Nesse sábado, dia 21/04/2012 tomará posse os novos coordenadores da Comunidade Santa Cruz. Por isso gostaríamos de primeiramente pedirmos perdão se falhamos durante esses anos na coordenação da comunidade, somente os anos vão nos dando sabedoria, e graças a Deus, esses anos trabalhando na Paróquia adquirimos sabedoria para saber reconhecer que erramos e ainda erraremos. 

     Mas principalmente, queremos agradecer muito a Deus, em primeiro lugar. Por nos ter dado o presente de conviver e aprender com pessoas muito caras para a gente! Entre eles, nosso queridos Padres que trabalharam e trabalham na nossa paróquia, em nossa comunidade, nas celebrações, encontros, reuniões e partilhas, sendo verdadeiros pastores, nos levando sempre mais perto de Jesus! Aos religiosos dehonianos que doaram e doam seus dons, carisma e amizade para a nossa comunidade, aos agentes antigos e atuais das pastorais e movimentos da paróquia, aos funcionários paroquiais, sempre nos atendendo com muito carinho e amor (mesmo a gente perturbando muuuito!) nossos irmãos de serviço, os coordenadores de comunidades, pela acolhida, pela vivência, pelo incentivo, pela oração ou simplesmente pelo olhar amigo, a todos vocês o nosso Deus lhes pague! Sentiremos falta da partilha durante as reuniões do CPP, mas que mataremos essa saudade a cada celebração e vivencia paroquial. 

     Com muita alegria convidamos a todos para a Santa Missa de Posse da Nova Coordenação da Comunidade Santa Cruz. Será sábado dia 21/04/2012 às 18h00, na Igreja Santa Cruz, os novos coordenadores da Comunidade Santa Cruz serão Antonio e Emília e os vices  Isabel e Celso. São pessoas muito boas no qual a comunidade inteira se alegrou com essa equipe. "A messe é grande ". (Mt 9,37b) e por isso nós pedimos mais um favorzinho, que o mesmo carinho e apoio que todos da paróquia tiveram e tem conosco durante todos esses anos que também dedicassem a eles. 


Mais uma vez nosso muito obrigado! 


E que Nossa Senhora Mãe da Igreja continue intercedendo por nós junto ao seu Filho Jesus!



Carinhosamente, 


No Coração de Maria
Gina e Marquinho
Tu és, ó Cruz, nossa Esperança e Salvação!


sábado, 7 de abril de 2012

DOMINGO DA RESSURREIÇÃO 2012