quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O Alpinista do Aconcágua

Ouvi dizer, aconteceu com um alpinista. Ele gostava muito de alpinismo, e tinha um amigo inseparável que sempre estava junto com ele e com quem compartilhava todas suas escaladas e aventuras. Um dia surgiu a oportunidade de escalar o Aconcágua. Este empreendimento poderia elevá-lo e consagrá-lo no alpinismo, mas decidiu que nada diria a seu amigo. Iria sozinho e ficaria com toda a glória.

Quando estava a 15 metros do pico, à noite, ocorreu uma tempestade, e ele foi jogado montanha abaixo. Sua corda de segurança não conseguia travar, e estava em queda a quase 600 metros do chão. Lembrou-se então do que fizera ao amigo e chorou, arrependido. Pediu perdão, olhou para o céu, na escuridão, e clamou por Deus, dizendo.

- Errei, eu sei. Mas sei que podes me salvar.

Ele ouviu então uma voz que disse.

- Você acredita mesmo que posso salvá-lo?

- Sim - Respondeu - Profundamente.

No mesmo instante, a trava de sua corda funcionou, e eis que estava agora parado no espaço, cessando a vertiginosa queda. Emocionado, ele agradeceu a Deus. A noite, no entanto, estava muito escura, e não conseguia ver nada nem saber onde estava. Pendurado no espaço, desorientado, estava sem saber o que fazer. Ouviu novamente a voz então que o interrogou:

- Acreditas mesmo em mim?

- Sim - Respondeu - Agora mais do que nunca.

- Se de fato tens tanta fé que posso te salvar, corta a corda que está te segurando. Corta a corda.

Agora releia a história. Faça de conta que o alpinista é Você. Vivencie a situação.

Você, corta a corda?

Pense um minuto antes de ver o final da história



O alpinista foi encontrado dois dias depois, morto, congelado, segurando firmemente a corda...a dois metros do chão!

Autor Desconhecido

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Oração da CF-2013


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O Catequista,


O Catequista, seu rosto humano e cristão


A Comissão para a Animação Bíblico-Catequética apresentou  uma série de reflexões a partir  do  Diretório Nacional de Catequese (DNC 262-268), sobre o SER, SABER e SABER FAZER  do/a Catequista.

Num contexto de mudanças  rápidas e profundas, a catequese é interpelada a refletir e buscar novos paradigmas de formação para catequistas. Somos provocados a viver uma experiência de constante renovação, na tentativa de responder aos desafios de um novo tempo. 

Porém, não se pode perder de vista o sentido da vocação, a experiência fundante do encontro com Jesus Cristo. A vocação do/a catequista nasce no coração do Pai, se realiza através do seguimento a Jesus Cristo quando o catequista responde SIM ao chamado e na força do Espírito assume a missão. Portanto, a raiz trinitária, que é fonte de toda vocação, sustenta a missão do catequista,  chamado a Ser Profeta, embaixador de Cristo,  falar em nome de Deus e da Igreja e testemunhar com sua vida os valores do Reino.  Conforme afirma São Paulo: “Não é a nós mesmos que pregamos, mas a Jesus Cristo, o Senhor. Quanto a nós, apresentamo-nos como servos vossos, por causa de Jesus”  (2 Cor 4,5).

Ser catequista é dom, escolha divina, enraizada na história, na realidade com suas necessidades, desafios e interpelações. Portanto, o catequista necessita de uma formação adequada que constituirá o seu perfil como pessoa que ama viver e se sente realizada, entusiasmada, portadora do Ressuscitado, contagia a todos com a alegria de ser discípula.

Pessoa de espiritualidade, segue o itinerário do Mestre e faz com Ele uma experiência de vida e de fé.  Aberta às inspirações do Espírito Santo, procura comunicar a mensagem com fidelidade. Ouvinte da Palavra, cultiva uma vida de oração e busca nos sacramentos e na vida comunitária o alimento para o seu “peregrinar”.

Pessoa que sabe ler a presença de Deus nas atividades humanas, reconhece o rosto desfigurado de Deus nos pobres, nos injustiçados, nos gestos de partilha e solidariedade e assume uma postura em defesa da vida ameaçada.  O princípio fé/vida determina suas atitudes e lhe confere uma inteireza interior. É o que afirma o Diretório Geral de Catequese 87: “a fé no seu conjunto, deve enraizar-se na experiência humana, sem permanecer na pessoa como algo postiço ou isolado. A vida pessoal é uma oferta espiritual; a moral evangélica assume e eleva os valores humanos; a oração é aberta aos problemas pessoais e sociais”.

Enfim, o catequista é uma pessoa que busca sua auto-formação e procura atualizar-se. É capaz de construir comunhão, tecer novas relações  ao estar atento aos gestos que alimentam relacionamentos positivos. A comunicação, o diálogo, a comunhão são elementos essenciais na trajetória do catequista discípulo missionário, capazes de garantir o trabalho em equipe de uma forma participativa.

Ao elencar estes aspectos que configuram o perfil do catequista, é importante o empenho e dedicação do catequista, afinal, é um processo que desenvolve-se durante toda a vida. No entanto, torna-se viável se houver investimento e co-responsabilidade das comunidades, das paróquias e dioceses na formação dos seus agentes, principalmente, dos catequistas que na gratuidade do SER colocam-se a serviço da Palavra e testemunham com a vida a presença do Ressuscitado.  

Fonte: Ir. Zélia Maria Batista 
Assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Bento XVI consola famílias das vítimas de tragédia em Santa Maria/RS



Cidade do Vaticano (RV) – A Secretaria de Estado do Vaticano divulgou na manhã desta segunda, 28, o telegrama enviado pelo Papa ao Arcebispo de Santa Maria, Dom Hélio Adelar Rubert, expressando seu pesar pela tragédia ocorrida na cidade universitária. No incêndio da boate ‘Kiss’ morreram 232 jovens e 80 estão hospitalizados em estado grave.

“Consternado pela trágica morte de centenas de jovens em um incêndio em Santa Maria, o Sumo Pontífice pede a Vossa Excelência que transmita às famílias das vítimas suas condolências e sua participação na dor de todos os enlutados. Ao mesmo tempo em que confia a Deus Pai de misericórdia os falecidos, o Santo Padre pede ao céu o conforto e restabelecimento para os feridos, coragem e a consolação da esperança cristã para todos atingidos pela tragédia e envia, a quantos estão em sofrimento e ao mesmo procuram remediá-lo, uma propiciadora bênção apostólica”.

O telegrama de Bento XVI é assinado pelo Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado de Sua Santidade. (CM)

Fonte: radiovaticano

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

25/01 - Conversão de São Paulo


SÃO PAULO, homem de fé



No dia 25 de janeiro, a Arquidiocese de São Paulo comemora a festa de seu Patrono, o Apóstolo São Paulo. No Ano da Fé, convém voltar para São Paulo um olhar especial, para perceber nele o homem de fé e a testemunha firme e qualificada de Cristo.

A sua fé, enquanto fariseu zeloso, talvez era a do estudioso das Escrituras, do intelectual, que procurava entender a letra dos testemunhos dos antepassados; era um encarregado intransigente de zelar pela prática intransigente e sem desvios de tudo o que se prescrevia na religião. Ele mesmo escreve que era zeloso mais que ninguém (cf Fl 3,6). Mas com o zelo dessa religiosidade formal, ele perseguiu os cristãos, que considerava desviados da fé (cf At 9,1-2). Mas, qual fé?!

Às portas de Damasco, ele teve o encontro inesperado com Cristo, em pessoa, que lhe fala: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Suas convicções são sacudidas por aquela voz. Sua fé estava baseada na letra; agora, a letra tem voz e se revela como pessoa! “Quem és tu, Senhor?” (At 9,5). A fé muda de base: das doutrinas e preceitos, passa a se confrontar com Aquele que lhe fala e sobre quem versam doutrinas e letras.

Saulo tem a experiência marcante de sua fé cristã: o encontro pessoal com Aquele mesmo, que estava perseguindo e queria combater. Compreende e se entrega: “que devo fazer, Senhor?” (cf At 22,10). Está disposto a aprender tudo de novo; e será o que vai fazer, na escola de Gamaliel e no seu retiro de três anos “na Arábia”, como ele mesmo informa (cf Gl 1,17). Saulo já é “Paulo”, que significa “pequeno”, humilde.

E a imensa energia de seu caráter será posta, agora, inteiramente a serviço de Cristo, que teve misericórdia dele e o alcançou… A experiência do perdão, da misericórdia alcançada e da escolha que Cristo fez dele para ser apóstolo e missionário do Evangelho entre os povos não saem mais de sua cabeça e fazem seu coração transbordar: “Ele me amou e por mim se entregou!” (cf Cl 2,20)!

Uma vez encontrado e reconhecido Jesus Cristo, Paulo aposta sua vida inteiramente nele: “para mim, o viver é Cristo”. Não lhe interessam mais as glórias deste mundo, nem mede esforços e fadigas para anunciar o nome de Cristo entre os povos, tentando atraí-los para Ele, para terem, como ele teve, a experiência do encontro e do perdão. A fé, para ele, não será mais algo abstrato, mas referida à pessoa de Jesus Cristo, que lhe abriu todos os tesouros da compreensão e da graça.

A fé, para Paulo, é adesão viva e firme à pessoa de Jesus e, por meio dele, à pessoa de Deus. Essa adesão é perseverante, mesmo no meio das maiores dificuldades e provações, que deve enfrentar por causa de Cristo. Finalmente, essa fé mantém-se firme também nas prisões, torturas e no martírio.

Para Paulo, a fé, é um novo modo de compreender o mundo, a vida, a conduta humana. A fé torna sábio “em Cristo”, leva a um “estar com Cristo”, a “viver de Cristo”, a esperar com firme confiança e a obedecer a Deus, por meio de Cristo. A fé significa para Paulo uma participação na vida, na morte e na ressurreição com Cristo. A fé é dom recebido e acolhido com gratidão e correspondido com coerência e conversão constante.

Como apóstolo e missionário, ele “gera filhos na fé” e os educa no Evangelho; suas cartas testemunham de maneira abundante esse zelo paternal em relação às diversas comunidades que tiveram origem com sua pregação e ação missionária. As recomendações a Timóteo e a Filémon mostram as qualidades de seu coração de pai e educador na fé. Aproximando-se do martírio, ele pode dizer com serenidade: “completei a minha corrida, guardei a fé!” (2Tm 4,7).

Olhando para este Apóstolo, sentimo-nos encorajados a imitar seu exemplo de homem de fé, de testemunha de Cristo. Muitos outros, em tempos difíceis ao longo da história do Cristianismo, inspiraram-se nele e ajudaram a Igreja a recobrar ânimo e nova vitalidade missionária. Tempos de “nova evangelização”, como os que vivemos, requerem a mesma atitude… Olhemos para o exemplo de São Paulo e peçamos sua intercessão.


Por Dom Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo (SP)



Fonte: http://soucatequista.com.br/ Publicado em 24/01/2013