segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Grupo de Oração


Santa Missa no Grupo de Oração

Dia 21 de Novembro às 19h30

Igreja Santa Cruz - Estiva - Taubaté

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

MDJ - Pré-missão na Santa Cruz - 2011

A Comunidade Santa Cruz teve uma graça muito grande esses dias, que foi a missão dos jovens dehonianos da MDJ. Foi um momento de muito crescimento espiritual e missionário para a nossa comunidade.
Agradecemos a todos os jovens da Missão Dehoniana Juvenil por esse dom que Deus deu a vocês e que compartilharam conosco nesses dias.
Infelizmente foram poucos dias, mas que valeram por um ano todo de trabalho pastoral. Esse amor que vocês demonstraram pelo povo de Deus emana de um verdadeiro coração missionário que escuta, aprende, anuncia e ama.

A TODOS OS MISSIONÁRIOS DA MISSÃO DEHONIANA JUVENIL NOSSO MUITO OBRIGADO!!



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domingo, 21 de agosto de 2011

I PASSEIO CICLISTICO DA SANTA CRUZ



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Festa da Comunidade Santa Fé 2011 - Taubaté

Com uma gostosa acolhida e uma bonita celebração, iniciou o tríduo em preparação à Festa da Comunidade Santa Fé. Hoje (18/08/2011) o presidente da celebração Padre Rafael, scj meditou sobre o tema do dia: "EUCARISTIA, FESTA DA COMUNIDADE", numa boa homilia o padre Rafael destacou que a "Eucaristia é a Festa de Cristo, celebrada na comunidade que se reúne com FÉ para dar Graças a Deus". O tríduo teve a participação das comunidades Cristo Rei e Santa Cruz que foram muito bem acolhidas pela comunidade Santa Fé.


Desejamos que a festa de Santa Fé tenha êxito no lado externo, pois a igreja ficou muito bonita após a reforma e sabemos que isso gerou gasto para a comunidade, mas principalmente êxito no lado espiritual crescendo como comunidade unida em Cristo sempre.

Parabéns Comunidade Santa Fé

Santa Fé!
Rogai por Nós!

sábado, 13 de agosto de 2011

Missa de Compromisso Leigo Dehoniano

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Parabéns aos leigos dehonianos pelo lindo compromisso de vida assumido diante do altar e de Deus. E parabéns também a todos os dehonianos religiosos, sacerdotes, diáconos e leigos por este dia tão querido e significativo dia que padre Dehon entrou para a Glória celeste!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pe Dehon - Uma Vida de Amor

No último dia 12, celebramos o dia de Pe. Dehon, fundador da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Todas as vezes que celebramos um santo temos uma oportunidade para avaliarmos nossa caminhada cristã e, ao mesmo tempo, render graças a Deus pela obra que Ele realizou na vida do santo celebrado.

Pe. Dehon ainda não foi canonizado, mas a Igreja já reconheceu que suas virtudes foram heróicas (por isso o chamamos de venerável). Isso se deve porque ele não foi apenas sacerdote e religioso, sociólogo, advogado e escritor. Mas porque Pe. Dehon viveu num amor intenso. Mais do que um apaixonado, encantado pelo objeto de seu desejo: ele amou de verdade, num relacionamento pessoal – amou a Cristo, amou a Igreja, amou a humanidade.
Sem dúvida o amor foi o motor de sua vida: foi a partir da experiência do Amor, pela contemplação do lado aberto do Senhor na cruz, que Pe. Dehon pautou sua vida – um Amor pleno, perfeito e que se dignava a tocá-lo pessoalmente (pois Deus nos ama a cada um pessoalmente e não numa multidão). O Amor de Cristo o impulsionava: não viveria mais para si, mas para anunciar ao mundo a grandeza e a beleza do amor salvífico de Deus.

Esse Amor, cuja expressão perfeita é o Coração de Jesus, o impulsionou a seguir sua vocação sacerdotal (mesmo a contragosto de seu pai) e foi ordenado padre em 1868. Seu coração, contudo, continuava inquieto: o Amor pedia ainda uma especial consagração ao Seu Coração. Por isso, depois de um profundo processo de discernimento e com a coragem característica dos fundadores, fundou a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus em 1878, da qual foi o primeiro religioso. Neste mesmo Amor, além de governar a Congregação desde os princípios difíceis até sua páscoa aos 12 de agosto de 1925, foi um grande divulgador da Rerum Novarum¹.

A vida de Pe. Dehon questiona a nossa vida. Primeiro, pelo fato de ele estar com seu coração aberto à presença de Deus, ao toque de Deus. Pe. Dehon, de fato, se relacionava com Deus, O tinha como um amigo próximo. Cultivava esta amizade na oração (pessoal e comunitária) e no silêncio. Segundo, pela sua obediência ao Magistério da Igreja – cujo exemplo mais claro foi sua submissão quando a Congregação recém fundada foi supressa pela Santa Sé (1883), e o ardoroso retorno ao trabalho quando teve a obra reaberta (1884). Terceiro, pelo seu incansável serviço na busca pela salvação das pessoas e seu bem já nesta vida. Olhando para Pe. Dehon todos precisamos nos questionar sobre nossa fé e nossa vivência cristã; nossa abertura de coração ao Amor divino e nossa prática cotidiana dos valores cristãos.

Por outro lado, como não agradecer a Deus por ter suscitado entre nós um coração assim tão dócil ao Coração? Suas últimas palavras confirmaram toda sua obra: “por Ele vivi, por Ele morro”. Como não nos alegrar ao ver um coração tão intimamente unido ao Sagrado Coração, sinal da presença de Deus que age entre nós?
Por fim, fazemos também a nossa prece, pedindo que a intercessão do venerável Pe. Dehon suscite muitas e santas vocações à Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, mas também a toda Igreja: ao sacerdócio, à vida consagrada e ao matrimônio. E a nós, que conhecemos o testemunho de vida de Pe. Dehon, pedimos ao Senhor, por sua intercessão, que nos dê a graça da fidelidade.

¹ Primeira encíclica social promulgada por Leão XII em 1891.


Frater Lucas de Mello, scj
Treinamento Vocacional
2º Ano de Teologia
Faculdade Dehoniana

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Missa de Re-Inauguração da Igreja Santa Cruz

terça-feira, 14 de junho de 2011

Dia de Santo Antonio 2011

Missa de Santo Antonio – 2011

Comunidade Santa Cruz

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terça-feira, 31 de maio de 2011

Festa da Padroeira 2011

Festa de Nossa Senhora Mãe da Igreja

Estiva Taubaté-SP

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domingo, 1 de maio de 2011

Festa de São José

Festa de São José


"A Misericórdia Divina nos faz missionários do Perdão."


"VALEI-ME MEU BOM SÃO JOSÉ!"



Ó São José, fostes escolhido para amparar a Cristo em sua vida terrena. Vós o ajudastes a crescer, em ciência e sabedoria, diante de Deus e dos homens. Vós o protegestes dos que o perseguiam e o queriam matar. Olhai, agora, para a Igreja que Cristo conquistou pelo Seu amor, pelo Seu sangue e pela efusão do Espírito Santo. Esta Igreja continua, na terra, a obra de Jesus; a evangelização e a concretização do amor de Deus, a salvação dos homens e do mundo. Protegei, amparai e defendei a Igreja, para que as rugas do erro não a manchem e as potências do mal não a perturbem concedei-lhe, da parte de vosso Jesus, fidelidade à missão recebida, perseverança na luta pela justiça e a certeza da paz definitiva.
Amém.

"SÃO JOSÉ, ROGAI POR NÓS!"

sábado, 23 de abril de 2011

As Sete Dores de Nossa Senhora das Dores


Coroa das Sete Dores de Nossa Senhora

A Coroa das Sete Dores de Nossa Senhora relembra as principais dores que a Virgem Maria sofreu em sua vida terrena, culminando com a paixão, morte e sepultamento de Seu Divino Filho. E junto à Cruz que a Mãe de Jesus torna-se Mãe de todos os homens e do corpo Místico de Cristo: a Igreja Católica.
Unir-se às dores de Maria é unir-se também às dores de Nosso Senhor Jesus Cristo.

No início reza-se o Creio, o Pai Nosso e 3 Ave-Marias. Para cada dor de Maria deve-se rezar 1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.

Primeira Dor de Nossa Senhora:
A Apresentação de Jesus no Templo e a profecia de Simeão


Ao apresentar o Menino Jesus no Templo, Maria encontrou Simeão que proferiu a seguinte profecia: "Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma (Lc 2, 34-35)

Unidos à dor que Maria sentiu nessa ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.
1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.


Segunda Dor de Nossa Senhora:
A fuga para o Egito


Após o nascimento de Jesus, o Rei Herodes quis matá-lo e, por causa disso, um anjo do Senhor apareceu a São José e disse: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise". Obediente, "José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito." (Mt 2, 13-14).

Unidos à dor que Maria sentiu nessa ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.
1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.


Terceira Dor de Nossa Senhora:
A perda do Menino Jesus no Templo


Terminada a festa da Páscoa, o Menino Jesus ficou em Jerusalém sem que seus pais o percebessem. Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. (Lc 2, 43-50)

Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.
1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai

Quarta Dor de Nossa Senhora:
O encontro com Jesus no Caminho do Calvário

Um dos momentos mais pungentes da Paixão é o encontro de Jesus com Sua Mãe no caminho do Calvário. As lágrimas que Maria deramou na ocasião, a troca de olhar com o Filho, a constatação das crueldades que Ele estava sofrendo, tudo causava imensa dor no Seu Coração de Mãe.

Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.
1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai

Quinta dor de Nossa Senhora:
Maria junto à Cruz de Jesus

Maria acompanhou de perto todo o sofrimento de Jesus na Cruz e assistiu de pé à sua morte: "junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleofás, e Maria Madalena" (Jo 19, 25)

Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.
1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.

Sexta Dor de Nossa Senhora:
Maria recebe o corpo de Jesus morto em seus braços


Nossa Senhora da Piedade, é assim que o povo católico invoca Maria nesse momento da Paixão. Depois "tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar." (Jo 19, 40)

Unidos à dor que Maria sentiu nessa ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos matermos afastados do pecado.
1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai


Sétima Dor de Nossa Senhora:
Maria deposita Jesus no Sepulcro


O sepultamento de Seu Divino Filho foi a última dor que Maria sentiu durante a Paixão. "No lugar em que ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. Foi ali que depositaram Jesus." (Jo 19, 41-42)

Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.
1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.


ORAÇÃO FINAL:

Estava a Mãe dolorosa
Junto à Cruz, lacrimosa,
Da qual pendia o seu Filho.

Banhada em pranto amoroso,
Neste transe doloroso,
A dor lhe rasgava o peito.

Estava triste e sofria
Porque ela mesma via
As dores do Filho amado.

Quem não chora, vendo isto,
Contemplando a Mãe do Cristo
Em tão grande sofrimento?

Dai-me, ó Mãe, fonte de amor,
Que eu sinta a força da dor,
Para que eu chore contigo.
Fazei arder meu coração
Do Cristo Deus na paixão,
Para que eu sofra com Ele.

Quero contigo chorar
E a Cruz compartilhar,
Por toda a minha vida.

Por Maria, amparado,
Que eu não seja condenado
No dia de minha morte.

Ó Cristo, que eu tenha sorte,
No dia de minha morte
Ser levado por Maria.

E no dia em que eu morrer,
Fazei com que eu possa ter
A glória do Paraíso. Amém



(Excertos do famoso poema Stabat Mater, atribuído a Frei Jacopone de Todi, século XIII)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

As Sete Últimas Palavras de Jesus na Cruz

As Sete Últimas Palavras de Jesus na Cruz




I- "Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem" ( Luc. 23:34)
Eles não sabiam que Jesus era Filho de Deus, mas sabiam que ele era inocente “Declarou Pilatos aos príncipes dos sacerdotes e ao povo: Eu não acho neste homem culpa alguma". (Lc 23,4). Hoje por não escolhermos a vida, quanto inocentes são mortos? Quantos inocentes são condenados, são flagelados, por nossa falta de amor falta de compaixão? Mesmo sendo inocente Jesus soube perdoar, rezou por eles, não só deu o seu perdão que já bastaria, mas também pediu que o Pai os perdoassem. Nessa frase de Jesus somos chamados, convocados e intimados a perdoarmos a quem nos ofendeu, mesmo sendo inocentes. Chamado a rezar por eles também.


II - "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso" (Luc.23:43)
“E, mesmo na cruz, em meio à dor, Um gesto revela quem Tu és Te tornas amigo do ladrão Só pra lhe roubar o coração” (Pe. Fábio). Mesmo com toda dor que a mente humana não consegue entender ou explicar Jesus não blasfema, mesmo vendo seu fim próximo, Ele não desiste, um gesto revela quem Ele é, acha tempo, força, e principalmente amor para converter um ladrão e lhe dar o céu. Hoje é para nós quem Jesus promete o paraíso, não quer saber de que crime você ou eu somos culpados, o que fizemos ou deixamos de fazer, Ele só quer que reconheçamos nossas iniqüidades e nos arrependamos de nossos pecados. O bom ladrão se arrependeu e por isso foi salvo. Que possamos deixar de sentirmos pena de nós mesmo partimos para a salvação que é Jesus.

III- "Mulher, eis ai o teu filho... Eis ai a tua mãe" (João 19:26, 27)
Jesus não disse: “discípulo ou João eis a tua mãe” Ele disse filho, e não adianta os outros dizerem que é errado venerarmos a Mãe de Deus, de Jesus e Nossa. É um pedido de Jesus, Ele não quis deixar sua mãe sem um filho e nem nos deixarmos órfãos. “E, mesmo na cruz, em meio à dor, Um gesto revela quem Tu és” em vez de pensar em sua dor ou no seu sofrimento Jesus se coloca no lugar de Maria e deixa aos cuidados dela o seu povo, povo que ganhou vida e vida em abundância por sua morte. E se colocou também no nosso lugar nos deu a Mulher que lhe ensinou a rezar, a falar a andar. Encontra força, amor e compaixão para nos deixar uma Mãe, e que Mãe viu! Não sou eu, ou o Papa ou alguém que inventou isso, é bíblico é uma ordem de Jesus, ou será que Ele disse: “Mulher se você quiser toma-o como teu filho, Se você também quiser toma-a como sua mãe”. Não! Ele disse: "Mulher, eis ai o teu filho... Eis ai a tua mãe". (João 19:26, 27)


IV- "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mat.27:46 ) e Mar. 15:34)
Quantas vezes nos perguntamos: “Cadê Deus nessa hora?” e o que você ouviu??.... Nada não é? Se nem a Jesus Deus respondeu... Quer dizer que Deus não ouviu nem a Jesus? Claro que ouviu!! Não só a Jesus, mas todas as nossas suplicas! Jesus ainda na cruz, prestes a morrer, mesmo seu lado humano falando mais forte, Ele nos dá uma aula de catequese maravilhosa, antecipando tantas colocações como essa que fazemos ao nos depararmos com um momento ruim. Cada um tem a sua cruz e temos que leva-la, Deus pode nos amparar, mas nunca levar por nós. No nosso caminho ele coloca tantos Cirineus, que nem nos damos conta, mas quando chegar à hora, a minha cruz é só minha, a tua cruz é só tua, e a de Cristo é a de Cristo. Deus não podia fazer nada, Graças a seu amor a Deus e à humanidade Jesus escolheu a cruz esvazio-se a si mesmo.


V- "tenho sede" (João 19:28)
Jesus não diz do que tem sede... Imagino Ele olhando da cruz o povo, tento imaginar suas dores, sua aflição, e penso: “Tenho sede... do quê?” e mais “Pra quem Ele pediu?” – A Bíblia não diz pra quem. Eu penso que foi pra mim, pra você. Se coloque na frente da cruz e olhando-a, para você do que Cristo tem sede? O que Ele quer de você? No que você pode saciá-lo? São tantas coisas... Mas me vem na cabeça uma passagem que resume a vida de Cristo: "Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros". (Jo 13,34). Pronto saciaremos a sede de Cristo. Se fosse tão simples... Jesus não nos deus somente a sua Vida, Ele esvaziou-se por completo nada Ele negou, nos deu todo o seu precioso sangue que ao acabar nos deu toda a água do seu corpo. E pediu uma só coisa. “Tenho sede”(Jô 19,28)


VI- "Está consumado" ( João 19:30 )
Momento de pura aflição, Cristo nos mostra que não é somente carregar a cruz, mas até onde devemos ir. Depois de Cristo, a cruz não nos leva somente a morte, mas hoje à redenção! Aqui Jesus sela toda sua caminhada, seu trajeto humano, pois está preste a entrar à morada eterna do Pai. Por que Ele não disse: “Pronto acabou?” ou “Fim da linha?”. Porque não o é! Não acabou! Não é o fim da linha! É o começo da Glória de Deus! "Está consumado" ( João 19:30 ) Que Ele fez o que deveria por amor a Deus e a nós, mas não termina nada aqui e sim começa. Consumimos seu corpo seu sangue para nossa salvação. E não é esse sentido de consumo que nossa sociedade infelizmente vive, mas de um consumo para se ter vida, vida em abundância, vida eterna.


VII- "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" ( 23:46)
O salmo da sexta-feira santa, termina as sete palavras. O corpo seria colocado no sepulcro e o Espírito de Jesus? Onde foi? Tem lugar melhor do que as mãos do Pai? As mesmas mãos perfeitas que criou tudo. Quando crianças onde nos sentimos mais protegidos? Amparados? Depois de mais ou menos 33 anos, o filho volta ao Pai, fico imaginando a tristeza de Deus ao ver seu Filho Jesus morto e a alegria de o reencontro. Humildemente fico imaginando, que Oxalá se na minha partida, como eu queria ter tempo de dizer essas palavras: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. No mundo não teria e não tem estar lugar melhor.

Conclusão:
Sete palavras de completa salvação...
E mesmo na cruz ao meio a tanta dor, sondado ela morte, em sete palavras Jesus nos dá, não somente uma maravilhosa catequese mas um ensinamento de vida e de vida eterna. Que o Sangue e Água de Cristo nos lave de todo mal, de todo o pecado. E que o lado aberto de Cristo donde nasce a nova comunidade nos conceda a vida, aqui e nos céus...

Marquinho Alves
20 de março de 2008


terça-feira, 19 de abril de 2011

Padre Israel Batista de Carvalho, scj


No domingo de Ramos o padre Emerson nosso pároco nos falou sobre o falecimento do Padre Israel Batista de Carvalho, scj no dia 11 de abril de 2011 em Lavras-MG e também da emocionante entrevista que a TV Universitária de Lavras fez com ele.


Mas você sabe quem foi Padre Israel?
Pesquisando no Portal DEHON Brasil, na Paróquia Santana de Lavras e também no Canal Youtube da TV Universitária de Lavras, vamos mostrar um pouquinho do MUITO que foi a vida desse HEROI dos tempos de hoje.

=> Fazenda Senhor Jesus - Fundada por Padre Israel e onde ele intregou sua vida aos necessitados
Fazenda Senhor Jesus - Clique Aqui

=> Entrevista feita com Padre Israel pelo Prof. Dieikson de Carvalho da PASCOM e publicada no Jornal A Gazeta
Ele Transformou sua dor numa Obra de Amor - Clique Aqui


=> Fotos e reportage sobre o falecimento, missa de corpo presente e sepulamento do Padre Israel
Fotos Celebração - Clique Aqui
Fotos Despedida - Clique Aqui
Reportagem - Funeral de Padre Israel - Clique Aqui




Fontes:
Paróquia San'ana de Lavras - SCJ
TV Universitaria - Lavras - Canal do Youtube
Portal DEHON Brasil - Notícias
Radio Comunidade FM 87,9 Mhz
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Domingo de Ramos 2011

Semana Santa 2011
Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja

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DOMINGO DE RAMOS - 2011

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Programação da Semana Santa 2011


Assista a Programação



da Semana Santa 2011
Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja
Diocese de Taubaté - SP



Também disponivel no youtube
Semana Santa 2011 - Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja

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sábado, 26 de março de 2011

Quaresma 2011

27/03/2011 – 3º DOMINGO DO TEMPO DA QUARESMA – ANO A


Primeira leitura (Êxodo 17,3-7)
Salmo (Salmos 94)
Não fecheis, irmãos, o vosso coração, / como outrora no deserto!
Segunda leitura (Romanos 5,1-2.5-8)
Evangelho (João 4,5-15.19b-26.39a.40-42)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João

Naquele tempo, 5Jesus chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto do terreno que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6Era aí que ficava o poço de Jacó. Cansado da viagem, Jesus sentou-se junto ao poço. Era por volta do meio-dia. 7Chegou uma mulher da Samaria para tirar água. Jesus lhe disse: “Dá-me de beber”. 8Os discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. 9A mulher samaritana disse então a Jesus: “Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana?” De fato, os judeus não se dão com os samaritanos. 10Respondeu-lhe Jesus: “Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é que te pede: ‘Dá-me de beber’, tu mesma lhe pedirias a ele, e ele te daria água viva”. 11A mulher disse a Jesus: “Senhor, nem sequer tens balde e o poço é fundo. De onde vais tirar a água viva? 12Por acaso, és maior que nosso pai Jacó, que nos deu o poço e que dele bebeu, como também seus filhos e seus animais?” 13Respondeu Jesus: “Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo. 14Mas quem beber da água que eu lhe darei, esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna”. 15A mulher disse a Jesus: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede e nem tenha de vir aqui para tirá-la”. 19A mulher disse a Jesus, Senhor, vejo que és um profeta! 20Os nossos pais adoraram neste monte mas vós dizeis que em Jerusalém é que se deve adorar”. 21Disse-lhe Jesus: “Acredita-me, mulher: está chegando a hora em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22Vós adorais o que não conheceis. Nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus. 23Mas está chegando a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. De fato, estes são os adoradores que o Pai procura. 24Deus é espírito e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade”. 25A mulher disse a Jesus: “Sei que o Messias (que se chama Cristo) vai chegar. Quando ele vier, vai nos fazer conhecer todas as coisas”. 26Disse-lhe Jesus: “Sou eu, que estou falando contigo”. 39Muitos samaritanos daquela cidade abraçaram a fé em Jesus, por causa da palavra da mulher que testemunhava: “Ele me disse tudo o que eu fiz”. 40Por isso, os samaritanos vieram ao encontro de Jesus e pediram que permanecesse com eles. Jesus permaneceu aí dois dias. 41E muitos outros creram por causa da sua palavra. 42E disseram à mulher: “Já não cremos por causa das tuas palavras, pois nós mesmos ouvimos e sabemos que este é verda­deiramente o salvador do mundo”. – Palavra da Salvação.


Ensina o Papa Bento XVI:

“O pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-Me de beber» (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna» (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade» (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, «enquanto não repousar em Deus», segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.” (Papa Bento XVI, Mensagem para a Quaresma,2011)

domingo, 13 de março de 2011

Quaresma 2011 - 1º Domingo da Quaresma


1º Domingo da Quaresma – Ano A
13 de março de 2011

Leituras
Gn 2,7-9;3,1-7 = Criação e pecado dos primeiros pais.
Sl 50 = Piedade, Senhor, tende piedade.
Rm 5,12-19 = Onde abundou o pecado, aí superabundou a graça.
Mt 4,1-11 = Jesus jejuou durante quarenta dias e foi tentado

“SÓ A DEUS ADORARÁS”

O Santo Padre fala: "Esta é a ocasião favorável para reconhecer o pecado, que ofusca a nossa relação com Deus e com os irmãos."

«Perdoai-nos, Senhor: temos pecado». A invocação do salmo responsorial, há pouco entoada na nossa assembleia, exprime de modo significativo o sentimento que nos anima neste primeiro domingo da Quaresma. Estamos no início de um itinerário especial de penitência e de conversão. Damos conta de que se trata de uma ocasião favorável para reconhecer o pecado, que ofusca a nossa relação com Deus e com os irmãos. «Reconheço as minhas culpas proclama o Salmista, o meu pecado está sempre diante de mim. / Contra Vós apenas é que eu pequei, pratiquei o mal perante os vossos olhos» (Sl 50, 5-6). O que seja o pecado e as consequências que produz na vida do homem está bem indicado também desde a primeira página do livro do Génesis, que escutámos (cf. Gn 3, 1-7). Os nossos pais cederam às lisonjas do tentador, interrompendo bruscamente o diálogo de confiança e de amor que tinham com Deus. O mal, o sofrimento e a morte entram assim no mundo e será preciso esperar o Salvador prometido para restabelecer, de modo ainda mais admirável, o plano original do Criador (cf. Ib 3, 8-24).

À insidiosa acção do Maligno não foge o Messias, como narra São Mateus na página evangélica de hoje: «O Espírito conduziu Jesus ao deserto a fim de ser tentado pelo demónio» (Mt 4, 1). No deserto, Ele foi submetido a uma tríplice tentação de satanás, a que, porém, resiste com decisão. Jesus afirma com vigor que não é lícito pôr Deus à prova; não é permitido prestar culto a um outro deus; não se pode decidir por si mesmo o próprio destino. A última referência de cada crente é a Palavra que sai da boca do Senhor.

Nestas breves linhas está delineado o programa do nosso caminho espiritual. Também nós somos chamados a atravessar o deserto de cada dia, enfrentando as tentações que aparecem para nos afastar de Deus. Somos convidados a imitar a atitude do Senhor, que se volta, decisivo, para a obediência à palavra do Pai do céu e, desse modo, restabelece a hierarquia de valores segundo o projecto divino original. […]

«Como pela desobediência de um só, muitos se tornaram pecadores, assim também, pela obediência de um só, muitos se tornaram justos» (Rom 5, 19). Esta consoladora palavra do Apóstolo Paulo aos Romanos conforta-nos no nosso caminho espiritual. No mundo, dominado tantas vezes pelo mal e pelo pecado, resplandece vitoriosa a luz de Cristo. Ele, com a sua paixão e ressurreição venceu o pecado e a morte, abrindo aos crentes as portas da salvação eterna. Eis a encorajadora mensagem que tiramos da liturgia de hoje. Para participar plenamente na vitória de Cristo, é necessário, porém, empenhar-se em mudar, à luz da palavra de Deus, o próprio modo de pensar e de agir. «Ó Senhor, criai em mim um coração puro e renovai no meu interior um espírito recto» (Sl 50, 12). Façamos nossa esta invocação do Salmista. É uma oração muito mais oportuna no tempo da Quaresma. […]

Papa João Paulo II,
na Paróquia Romana de Santo Henrique
17 de Fevereiro de 2002

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quarta-feira, 9 de março de 2011

Homilia da Quarta-feira de Cinzas


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus (Mt 6,1-6.16-18)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens.
Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.
Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens.
Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.
Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando.
Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.
Palavra da Salvação.

Comentário - Renovai o meu interior

"Ó Senhor, criai em mim um coração puro e renovai ao meu interior um espírito reto" (Salmo 50, 12).

Estas palavras do Salmo responsorial contêm, num certo sentido, o núcleo mais profundo da Quaresma e, ao mesmo tempo, exprimem o seu programa essencial. São palavras tiradas do salmo Miserere, no qual o pecador abre o próprio coração a Deus, confessa a própria culpabilidade e implora a remissão dos pecados: "Lavai-me totalmente das minhas iniqüidades, purificai-me dos meus delitos. Reconheço, de verdade, as minhas culpas, o meu pecado está sempre diante de mim. Contra Vós apenas é que eu pequei, pratiquei o mal perante os Vossos olhos... Não me afasteis da Vossa presença nem me priveis do Vosso santo espírito" (ibid., 50, 46.13).

Este Salmo constitui um comentário litúrgico de singular eficácia ao rito das Cinzas. A cinza é sinal da caducidade do homem e da sua submissão à morte. Neste tempo em que nos preparamos para reviver liturgicamente o mistério da morte do Redentor na cruz, devemos sentir e viver de modo mais profundo a nossa mortalidade. Somos seres mortais, contudo, a nossa morte não significa destruição nem aniquilamento. Deus inscreveu nela a perspectiva profunda da nova criação. Por isso o pecador que celebra a Quarta-Feira de Cinzas pode e deve bradar: "Ó Senhor, criai em mim um coração puro e renovai ao meu interior um espírito reto" (ibid., 50, 12).

Na Quaresma a certeza desta nova criação brota da luz do mistério de Cristo: mistério da Sua paixão, morte e ressurreição. São Paulo, na Liturgia hodierna, afirma: "Suplicamo-vos, pois, em nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus. Aquele que não havia conhecido pecado, Deus O fez pecado por nós para que nos tornássemos n’Ele justiça de Deus" (2 Cor. 5, 20-21). Aceitando experimentar na Sua carne o drama da morte humana, Cristo tornou-Se partícipe do aspecto destrutível ligado à existência temporal do homem. O Apóstolo fala disto com muita clareza, quando afirma: "Deus O fez pecado". Isto significa que Deus tratou Cristo, "Aquele que não havia conhecido pecado", como se fosse um pecador, e isto em nosso favor. Com efeito, Cristo compartilhou a nossa sorte de homens sobrecarregados pelo pecado, para que por meio d’Ele pudéssemos tornar-nos justiça de Deus. Por esta nossa fé em Cristo podemos bradar juntamente com o Salmista: "Ó Senhor, criai em mim um coração puro e renovai ao meu interior um espírito reto» (Salmo 50, 12). Para que serviria a imposição das cinzas, se não nos iluminasse a esperança da vida nova, da nova criação, que Deus nos deu em Cristo?

Durante todo o Ano litúrgico a Igreja vive do Sacrifício redentor de Cristo. Contudo, no tempo da Quaresma, desejamos imergir-nos nele de modo particularmente intenso, segundo a exortação do Apóstolo: "É este o tempo favorável; este é o dia da salvação!"» (2 Cor. 6, 2). Neste tempo forte foram-nos dispensados, de um modo muito especial, os tesouros da redenção, que Cristo crucificado e ressuscitado nos obteve. A exclamação do Salmista: "Criai em mim... um coração novo e renovai ao meu interior um espírito reto" tornou-se, assim, no início da Quaresma, um forte apelo à conversão.

Com as palavras do salmo Miserere o pecador não só acusa as próprias culpas, mas inicia ao mesmo tempo um novo itinerário criativo, o caminho da conversão: "Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração" (Joel 2, 12), diz em nome de Deus o profeta Joel na primeira Leitura. "Converter-se" significa, por conseguinte, entrar em profunda intimidade com Deus, como propõe também o Evangelho de hoje.

Uma conversão autêntica implica o cumprimento de todas aquelas obras que são próprias do tempo da Quaresma: a esmola, a oração, o jejum. Contudo, elas não devem ser vividas apenas como cumprimento exterior, mas como expressão do encontro íntimo, e em certa medida desconhecido aos homens, com o próprio Deus. A conversão comporta uma nova descoberta de Deus. Na conversão, experimenta-se que n’Ele reside a plenitude do bem, que foi revelada no mistério pascal de Cristo, e dela se bebe a mãos-cheias na morada íntima do coração.

Deus espera isto! Deus quer criar em nós um coração puro e renovar em nós um espírito reto. E nós, no início desta Quaresma, queremos abrir a nossa alma à graça de Deus, para vivermos intensamente o itinerário de conversão rumo à Páscoa.

Homilia do Papa João Paulo II por
ocasião da quarta-feira
12 de Fevereiro de 1997
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Mensagem Quaresma 2011


Mensagem do Papa para a Quaresma 2011


“Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes”

(cf. Cl 2, 12)

Amados irmãos e irmãs!

A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante, em vista do qual me sinto feliz por dirigir uma palavra específica para que seja vivido com o devido empenho. Enquanto olha para o encontro definitivo com o seu Esposo na Páscoa eterna, a Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade laboriosa, intensifica o seu caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor (cf. Prefácio I de Quaresma).

1. Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Batismo, quando, «tendo-nos tornado partícipes da morte e ressurreição de Cristo» iniciou para nós «a aventura jubilosa e exaltante do discípulo» (Homilia na Festa do Batismo do Senhor, 10 de Janeiro de 2010). São Paulo, nas suas Cartas, insiste repetidas vezes sobre a singular comunhão com o Filho de Deus realizada neste lavacro. O fato que na maioria dos casos o Batismo se recebe quando somos crianças põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças. A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência «os mesmos sentimentos de Jesus Cristo» (Fl 2, 5), é comunicada gratuitamente ao homem.

O Apóstolo dos gentios, na Carta aos Filipenses, expressa o sentido da transformação que se realiza com a participação na morte e ressurreição de Cristo, indicando a meta: que assim eu possa «conhecê-Lo, a Ele, à força da sua Ressurreição e à comunhão nos Seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos» (Fl 3, 1011). O Batismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do batizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo.

Um vínculo particular liga o Batismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva. Os Padres do Concílio Vaticano II convidaram todos os Pastores da Igreja a utilizar «mais abundantemente os elementos batismais próprios da liturgia quaresmal» (Const. Sacrosanctum Concilium, 109). De fato, desde sempre a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Batismo: neste Sacramento realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos (cf. Rm 8, 11). Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: deveras eles vivem o Batismo como um ato decisivo para toda a sua existência.

2. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus? Por isso a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos refazer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é batizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele.

O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição do homem nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É uma clara chamada a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta «contra os dominadores deste mundo tenebroso» (Ef 6, 12), no qual o diabo é ativo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal.

O Evangelho da Transfiguração do Senhor põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. A comunidade cristã toma consciência de ser conduzida, como os apóstolos Pedro, Tiago e João, «em particular, a um alto monte» (Mt 17, 1), para acolher de novo em Cristo, como filhos no Filho, o dom da Graça de Deus: «Este é o Meu Filho muito amado: Nele pus todo o Meu enlevo. Escutai-O» (v. 5). É o convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor.

O pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-Me de beber» (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna» (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade» (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, «enquanto não repousar em Deus», segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.

O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: «Tu crês no Filho do Homem?». «Creio, Senhor» (Jo 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, fazendo-se voz de todos os crentes. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer Nele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como «filho da luz».

Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: «Eu sou a ressurreição e a vida… Crês tu isto?» (Jo 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: «Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo» (v. 27). A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim Nele. A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança.

O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas batismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos «da água e do Espírito Santo», e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à ação da Graça para sermos seus discípulos.

3. O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Batismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a «terra», que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus revelou-se como Amor (cf 1 Jo 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a «palavra da Cruz» manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus caritas est, 12). Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).

No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida. Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projetos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro? A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos…». «Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma…» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.

Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para vivê-la quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciamos no dia do Batismo. A oração permite-nos também adquirir uma nova concepção do tempo: de fato, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que «as suas palavras não passarão» (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele «que ninguém nos poderá tirar» (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.

Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela ação do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.

Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Batismo. Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas ações. Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna.



Vaticano, 4 de Novembro de 2010.


BENEDICTUS PP. XVI


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